segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O tempo passou, claro que passaria...



Quem me conhece, sabe que eu gosto muito de axé, de forró e da maioria das músicas dançantes. Mas além disso, eu curto outros estilos musicais e outras bandas que não vou listar aqui, pois ficaria uma lista um tanto extensa. E de todas as minhas bandas, a preferida é Engenheiros do Hawaii. Não sei dizer como começou essa minha história de amor com os gaúchos, mas acho que foi ouvindo por tabela porque minha mãe os ouvia e vivia cantando aquele trecho "Pra ser sincero eu não espero que você me perdoe por ter perdido a calma..." e eu ficava me perguntando o porquê daquele cantor ter vendido sua alma ao diabo. Haha... Depois, o que eu mais ouvia por aí era "Era um garoto que como eu.." e até hoje não sei dizer quando nem como e nem porquê comecei a ouvir por conta própria. Só sei dizer que ouço muito, quase todos os dias e amo muito as músicas deles. 

E hoje é uma data muito especial pra mim e todos os outro fãs dos Engenheiros. Eles completam 31 anos de carreira Êhhhhhh!

11 de janeiro de 1985 foi a data do primeiro show e dali em diante a banda foi caminhando para o sucesso onde vieram a gravação de duas músicas na coletânea Rock Grande do Sul; seu primeiro disco em 1986; seu segundo disco em 1987; a apresentação no festival Alternativa Nativa em junho de 1988 e a partir disso eles já lotavam ginásios e estádios Brasil afora. Em 89 os Engenheiros andaram visitando terras russas e tocaram em Moscou; no mesmo ano lançam o quarto disco, desta vez ao vivo. Alívio Imediato reúne grandes sucessos do grupo como Terra de Gigantes (minha preferida da vida <3) e Toda Forma de Poder em gravações ao vivo. Em 1990 os Engenheiros lançam o quinto LP - O Papa é Pop onde a banda grava pela primeira vez uma música que não foi composta pelo grupo - Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones, primeira música que Humberto aprendeu a tocar ao violão, ainda criança. Este disco alçou os Engenheiros a categoria de "melhor banda de rock do Brasil". Vendeu mais de 350 mil cópias e estourou com as músicas: O Papa é pop, Exército de um Homem só, Era um garoto...(por coincidência em uma época de guerra), Pra ser Sincero e Perfeita Simetria. Além de tantos sucessos, as rádios ainda descobriram Refrão de Bolero, música do segundo LP da banda. O disco caracteriza uma estética "limpa", desde a capa até o som, gravado com bateria eletrônica, guitarra e baixo totalmente limpinho e marca também o batizado da banda como produtora de seus discos, fato que se repetirá nos próximos dois LPs. 

Em meio a uma briga com a crítica, a banda foi convidada  para tocar no Rock in Rio II, juntamente com Guns n'RosesSepulturaCapital InicialLobão etc... Enquanto outros artistas nacionais eram apedrejados pelo público os Engenheiros fizeram um show que levantou o público com sucessos como Alívio Imediato emendada com Help dos Beatles e Era um garoto... Os Engenheiros foram a única banda brasileira a se apresentar no festival elogiada pelo jornal americano New York Times, enquanto a Folha de São Paulo ignorava solenemente duas apresentações da banda para um Ibirapuera lotado, não divulgando nem em roteiro. No final de 93 o clima começa a pesar nos Engenheiros, e causa a saída do guitarrista Augusto Licks. São várias as versões da história: Na primeira diz-se que as brigas começaram por uma divergência de opiniões no grupo a respeito do repertório acústico de Filmes de Guerra. Segundo se comentou, Augusto queria que se levasse orquestra para os shows, enquanto Humberto e Carlos preferiam a agitação dos shows elétricos. Numa segunda oportunidade divulgou-se que Humberto teria tirado Licks da banda porque não gostava que ele fosse considerado o único músico da banda, noticia negada em carta a revista que a divulgou. A terceira e mais provável versão é que em meio a rixas internas e discussões, Augusto sentindo que a relação com os outros integrantes estava se tornando inviável, registrou o nome Engenheiros do Hawaii como sendo de sua propriedade. Gessinger e Maltz entraram na justiça declarando que é pública e notória a posse por parte deles do nome Engenheiros do Hawaii. Rolou a maior baixaria, com trocas de insultos e acusações de todos os lados, e depois de muita lama rolar, Carlos e Humberto ficaram com o nome. 

Para comemorar os vinte anos de banda, completados em 2005, os Engenheiros do Hawaii lançaram o CD e DVD Acústico MTV. O acústico tem as participações especiais dos músicos Humberto Barros (órgão Hammond) e Fernando Aranha (violões). Este último já havia feito uma participação especial no disco anterior. O disco se diferencia dos demais por não trazer participações especiais, apenas "fraternais": Clara Gessinger, filha de Humberto, divide os vocais com o pai na canção Pose (executada com parte da letra cortada) e Carlos Maltz, co-fundador e ex-baterista dos Engenheiros, que canta junto com Gessinger a canção Depois de Nós, de sua autoria. Além dos grandes sucessos, como Infinita Highway, Somos Quem Podemos Ser e O Papa é Pop e das canções recentes, como Surfando Karmas & DNA e Até o Fim, o disco traz as canções O Preço e Vida Real, ambas do álbum Humberto Gessinger Trio. Por fim, acrescentam-se ainda as canções inéditas "Armas Químicas e Poemas" e "Outras Frequências". Durante a turnê do Acústico, Paulinho Galvão deixa a banda e seu posto é assumido por Fernando Aranha. Nos teclados, por sua vez, o jovem Pedro Augusto assume o lugar de Humberto Barros, que já fazia parte da banda de apoio do Kid Abelha.
O novo disco, Acústico II: Novos Horizontes, foi gravado nos dias 30 e 31 de maio de 2007, em São Paulo, no Citibank Hall, e foi lançado em agosto de 2007 com nove faixas inéditas, além de nove regravações. O disco quebrou a seqüencia de a cada 3 discos em estúdio, ser gravado um "ao vivo". Também foi palco de novas experiências para Gessinger, como a viola caipira que usa em algumas músicas do álbum. Segundo ele, se tivesse que rever todas as obras dos Engenheiros do Hawaii, 'Novos Horizontes' é o que não mexeria em nada. Destaque maior para as faixas inéditas "Guantánamo", "Coração Blindado", "No Meio de Tudo, Você" e "Quebra-Cabeça". No fim de 2007, o então baixista Bernardo Fonseca sai da banda e Humberto Gessinger assume o baixo. Desde então a banda voltou a utilizar guitarras em seus shows. No ano de 2008, após shows pelo Brasil inteiro, a banda termina a turnê acústica, começada em 23 de julho de 2004 com o lançamento do Acústico MTV. 
Atualmente, Humberto faz apresentações da turnê Insular e é o primeiro álbum solo do músico Humberto Gessinger. Conta com as participações de Bebeto Alves, Rodrigo Tavares, Luís Carlos Borges, Frank Solari e Nico Nicolaiewsky. Possui 12 faixas e é o primeiro álbum somente de inéditas de Humberto em 10 anos. Assim diz o cantor, sobre o novo disco:
"Resolvi assumir o nome solo pois não usei uma banda fixa na gravação do INSULAR, convidei vários músicos que admiro, usei várias formações. Mas não houve ruptura na maneira como escrevo e toco, só amadurecimento.” (HG)
“Fui muito rigoroso na escolha do repertório, na busca dos convidados, da formação certa para cada música. Nesta estrada já longa, com 19 discos, aprendi que cada um deles tem sua maneira de chegar ao ouvinte. Acho que INSULAR está entre os discos mais misteriosos que gravei, cheio de detalhes, várias camadas, ligações entre as músicas, coisas que o pessoal vai descobrindo aos poucos. Não esperei dez anos para gravar um disco que ficasse velho em quinze minutos.”
Em 2014 eu tive a oportunidade e o prazer de assistir à um show da Insular. Até consegui abraçar, beijar, cheirar e falar pro Humberto o quanto amo as poesias dele: 

E com o meu coração na mão como um refrão de bolero, nessa noite as nuvens foram sim de algodão e eu estive por alguns instantes na terra do gigante. 

Amo esta foto, pois ela significa muito pra mim e quando a vejo, sinto que terei a oportunidade de reviver este momento.


"Nessa terra de gigantes que trocam vidas pro diamantes..." 

Fiz post com muito carinho porque é tudo muito especial pra mim. Espero que tenham gostado. Um beijo e até o próximo!




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